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5 momentos da 70ª edição do Cannes Lions que valem o registro

O maior festival de criatividade do mundo desempenha um papel crucial na promoção da excelência criativa e na inspiração de profissionais de diferentes áreas relacionadas à comunicação. Aqui, a diretora-executiva do Cenp, Regina Augusto, relembra alguns dos destaques da programação que marcaram o evento em 2023


A história do Cannes Lions é uma jornada de evolução, reconhecimento e celebração da originalidade na comunicação. Desde a estreia, em 1954, o festival se propõe a ser uma plataforma para que agências de publicidade, profissionais de marketing, produtores de filmes e outros criativos possam compartilhar seu trabalho, aprender com especialistas e se inspirar com as tendências e ideias do setor. É daí que vem também a importância da edição de 2023, a 70ª, que aconteceu em junho e discutiu assuntos que impactam a indústria e a sociedade. Para acompanhar a agenda intensa de palestras e premiações, o evento recebeu pessoas de mais de 80 países – entre elas, Regina Augusto. A diretora-executiva do Cenp detalha o que viu e ouviu de mais interessante nos cinco dias do encontro.


1. A aula – em português – de Celso Athayde e Sergio Gordilho sobre a potência das favelas


Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (Cufa) e da Favela Holding, e Sergio Gordilho, co-presidente e CCO da Africa, subiram ao palco do Cannes Lions com a tarefa de desmistificar a favela brasileira. Para marcas, enxergar e entender esses espaços como potências inexploradas traz enormes oportunidades – não só de consumo, mas de produção.


Regina Augusto relata: "Learn the Language of Favelas foi um painel inspirador. A necessidade de um olhar pelo prisma da potência das pessoas que vivem nessas áreas por parte das marcas e dos profissionais que nelas trabalham é a chave para uma mudança de paradigma".


2. O poder da criatividade explorado em dois debates

"Assistir a palestra de Gary Vaynerchuk, também conhecido como GaryVee, personalidade da Internet, empresário e CEO da VaynerMedia, seguida da apresentação de Marc S. Pritchard, chief brand officer da Procter & Gamble, é um desses privilégios que o Festival possibilita", conta a diretora-executiva do Cenp.


Em suas apresentações e cada um a seu modo, tanto Vaynerchuk, quanto Pritchard, evidenciaram a necessidade de manter o marketing orientado ao bom senso, respeitando o social e o valor do seu alcance. Nas palavras de Marc S. Pritchard, “é a ambição criativa que estamos estabelecendo para nossas marcas”.


3. A conversa franca entre Mike White e Liz Taylor


"Uma pausa sobre projeções sobre o futuro e sobre o onipresente AI e foco no que realmente nossa indústria tem de melhor: o poder de contar boas histórias. Foi essa a sensação que tive ao assistir a palestra de Mike White, premiado diretor, roteirista e produtor da aclamada série White Lotus, e da CCO global da Ogilvy, Liz Taylor", diz Regina Augusto.


Durante o painel, White explicou como lida com os altos e baixos de sua jornada profissional e garantiu que o grande aprendizado desse percurso é estar presente e apreciar cada momento: “Você é o embaixador do seu trabalho. Se você está vivo e estimulado, isso se traduz em seu trabalho e em como as pessoas o percebem”.


4. A relação entre anunciante e agência como chave para bons resultados

Na opinião de Regina Augusto, o debate com o vice-presidente de marketing e comunicação da Apple, Tor Myhren, foi marcante: "Além de exaltar o papel das agências de publicidade, reforçou porque a icônica marca consegue manter-se não só como a mais valiosa do mundo, mas também – e exatamente por isso – ser um exemplo de inovação há tanto tempo".


Outro ponto importante da apresentação, segundo a diretora-executiva do Cenp, foi sobre o processo criativo. Myhren ponderou que é necessário que a empresa confie no instinto criativo e no bom gosto de seus funcionários. "Existem mil nãos para cada sim. Toda ideia é submetida a debate e questionada".


5. As reflexões de Spike Lee sobre sua carreira


Spike Lee recebeu nesta 70ª edição do Festival de Criatividade o primeiro “Creative Maker of the Year”, prêmio criado para homenagear profissionais que que se tornaram referência em inspiração e execução de trabalhos criativos, dentro e fora da indústria.


Em um dos painéis mais aguardados do evento, Lee protagonizou um papo aberto com o amigo e parceiro de longa data, Barry Alexander Brown que lotou a plateia e rememorou passagens de campanhas publicitárias históricas e histórias de bastidores.


Regina Augusto diz que assistiu a um Spike Lee à vontade, falando sobre sua longa carreira, na qual equilibrou sem esforço fazer filmes independentes com sucesso comercial mainstream e campanhas publicitárias, incluindo os primeiros comerciais de Air Jordan para a Nike e uma campanha de sucesso para a Levi's. "Quando você consegue unir forças com empresas e agências que acreditam em quem você é, é muito gratificante. Se todos estão na mesma página, é uma coisa linda fazer uma coisa criativa", afirmou o cineasta.


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